“Resposta do Hospital foi muito eficaz”
O Nova Guarda falou com duas pessoas a quem foi detectada Gripe A, residentes no concelho do Sabugal, que contam, em exclusivo, o desenrolar de todo o processo. Ao que tudo indica, o contágio poderá ter acontecido nas festas do concelho, através do contacto com pessoas já infectadas, que não respeitaram a ordem de permanência na residência.
O fim-de-semana de 22 e 23 de Agosto podia ter sido mais um, igual a tantos outros da família Silva, residente no concelho do Sabugal. Era, mas não foi. Logo no sábado dois dos membros do agregado familiar começaram a queixar-se de febres altas e cansaço corporal que, com o passar do tempo, se tornavam cada vez menos suportáveis.
Inicialmente pensou-se que não seria mais do que uma gripe normal. Mas, à medida que as horas iam passando, e que os antibióticos não faziam efeito, as primeiras suspeitas de gripe A, começaram a pairar sobre a família.
A mãe, de 54 anos, resolveu contactar a Linha Saúde 24, criada em 2007 para dar assistência em cuidados de saúde, fazendo triagem e aconselhamento dos utentes, tendo em vista a evitar que estes se desloquem aos hospitais e centros de saúde sem necessidade.
Do outro lado da linha a resposta foi negativa. Depois de realizados os primeiros testes de despistagem, os enfermeiros chegaram à conclusão que os sintomas apresentados não encaixavam no cenário da gripe A.
“Entramos em contacto com a Linha de Saúde 24 que nos garantiu que não era gripe A”, disse um dos elementos da família.
Além da matriarca, outro elemento da família começou a sentir os primeiros sintomas. Um dos filhos também se queixava dos mesmos sintomas que a mãe.
Como o cenário não melhorava resolveram deslocar-se ao Centro de Saúde do Sabugal que, posteriormente, os encaminhou para o SAG da Guarda. A partir daí, as dúvidas começaram finalmente a dissipar-se.
“Dirigimo-nos ao centro de Saúde do Sabugal que nos informou que seria apenas uma gripe normal. No dia seguinte e, como a febre nunca mais baixava, resolvemos voltar ao Centro de Saúde que nos encaminharam para a Guarda. No Hospital Sousa Martins fizeram-nos logo raio – X aos pulmões, e procederam também à despistagem da Gripe A [cujos resultados demoram cerca de 24 horas a ficar disponíveis] ”, confidenciou.
Resposta do Hospital Sousa Martins foi “excelente”
Confirmado o cenário de Gripe, a resposta do Hospital Sousa Martins surpreendeu a família, pela forma profissional e eficaz como a situação foi resolvida.
“A resposta do Hospital Sousa Martins foi excelente. Confirmada a Gripe A isolaram-nos logo dos outros pacientes, e colocaram-me logo uma máscara. Os funcionários que se aproximavam também utilizavam sempre uma máscara. Foram muito eficazes”, disse, contrapondo com a fiabilidade da Linha de Saúde, que “não é tão fiável como deveria ser”.
Duas semanas depois, os dois elementos da família estão ainda em casa à espera que os sintomas desapareçam para poderem regressar ao seu normal ritmo de vida. Mas, ao que tudo indica, o pior já passou.
“A quarentena é um período mais complicado. Enquanto a febre está elevada, os sintomas são bastante agudos, mas conseguem-se tolerar. O pior é quando os sintomas desaparecem e começa a ser complicado estar limitado a um pequeno cativeiro”, confidenciou.
Perante as recentes notícias de que diversas pessoas não cumpriram os períodos de isolamento, um dos infectados alerta para que sejam cumpridas as instruções dos médicos, e aproveita para desdramatizar a doença que, na sua opinião, tem sido ampliada pelos media.
“Aconselho as pessoas a não dramatizarem a situação. A gripe A trata-se com paracetamol e, apesar do tempo de convalescença ser elevado, cura-se facilmente. As pessoas devem ser responsáveis e cumprirem os prazos estabelecidos de isolamento, para não contaminarem os outros”, concluiu.
Por: André Sousa Martins
@ Nova Guarda
1 comentário:
Olha olha...
Parece-me vagamente familiar este caso....
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